A fabricante terá de arcar com royalties, a partir de 2011, pela venda de produtos PoE, além de US$ 9 milhões anuais.
Por Network World/EUA
19 de julho de 2010 - 18h51
A Network-1 Security Solutions - empresa norte-americana que atua na gestão de propriedade intelectual - informou que venceu um processo movido contra a Cisco e quatro outras fornecedoras, pelo uso indevido da patente Power-over-Ethernet.
O processo teve início em fevereiro de 2008, quando a empresa entrou na justiça contra a Cisco e sua divisão Linksys, a Foundry Networks (atualmente Brocade), a Extreme Networks, a Enterasys, a 3Com (agora HP), a Adtran e a Netgear. A alegação dizia que essas fornecedoras estavam infringindo a patente da Network-1, que tinha os direitos sobre o termo Power-over-Ethernet (PoE).
Pela decisão da justiça dos Estados Unidos, a Cisco terá de pagar cerca de 32 milhões inicialmente, além de outros 80 milhões de dólares referentes a royalties nos últimos nove anos.
Já Adtran, Enterasys, Extreme e Foundry também concordaram em entrar na negociação pelo uso das licenças. As companhias pagarão à Network-1 um valor antecipado de aproximadamente 32 milhões de dólares para uso da patente, a qual expira em março de 2020.
Além disso, a Cisco se dispos a pagar royalties, a partir de 2011, baseada na venda de produtos PoE. O valor máximo de pagamentos deve chegar a 8 milhões de dólares até 2015, além de 9 milhões de dólares anuais pelo uso do termo.
Procurada pela redação da Network World, a Cisco não quis comentar o assunto.
Em relação à 3 Com, a empresa foi a única a ser absolvida no processo. Contudo, a decisão não vale para os futuros produtos desenvolvidos com a marca HP. A Netgear, por sua vez, não fez parte da atual decisão por conta de a companhia ter feito um acordo antecipado pelo uso da licença da Network-1.
terça-feira, 20 de julho de 2010
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
10 dicas para usar redes sociais para gerenciar equipes
Confira as orientações de uma especialista para ajudar sua política de gestão em tempos de Web 2.0.
Por CIO/EUA
29 de janeiro de 2010 - 12h26
O ano de 2010 promete grandes rupturas. Depois de um momento de crise internacional, há uma expectativa de que as empresas apostem em novos modelos de negócio e, ao mesmo tempo, valorizem mais os profissionais que estejam preparados para mudanças.
Dentro desse contexto, os gestores de TI, bem como de outras áreas, terão de aprender a utilizar as redes sociais para gerenciar suas equipes, defende a fundadora da consultoria de negócios RiverFork Consulting, Melissa Dutmers. Para ela, a Web 2.0 oferece uma série de ferramentais para reter talentos ou aumentar a produtividade e que, necessariamente, precisam estar no radar dos executivos.
A seguir, Melissa faz uma lista de qual o caminho para que o gestor transforme as redes sociais em aliadas e, por consequência, consiga ser encarado como um agente de mudança pelas organizações:
1. Tenha um blog – Quando se trata de uma grande empresa ou de departamentos com muitos colaboradores, um blog pode ser a alternativa ideal para entrar em contato com as pessoas. É claro que se comunicar pessoalmente é muito mais eficaz para formar um vínculo com os colaboradores, mas é preciso perceber que não existe tempo hábil para isso, principalmente se levarmos em conta que – embora muitas organizações não saibam – os gestores também têm vida pessoal. A ideia do blog é estender a influência além das fronteiras geográficas representadas por salas, andares, unidades de negócios, cidades e países.
2. Seja transparente – Todos sabem que um alto executivo não pode dizer publicamente o que sabe, mas eles têm a missão de se apresentarem como pessoas reais e comuns. Para isso, a dica é: deixe deu posto de lado por um instante e expresse no blog quem você realmente é por trás do título de liderança na corporação.
3. Conte histórias nos blogs – Não há nada que prenda mais a atenção de um leitor do que uma boa história.
4. Incentive o diálogo – É importante que os gestores façam perguntas nos blogs, respondam a questionamentos e mostrem que realmente são eles mesmos quem gerenciam o site e, além disso, que estão preocupados com as impressões e dúvidas de suas equipes.
5. Realize enquetes – Mesmo que não sejam uma grande ferramenta de comunicação, as enquetes são ótimos parâmetros para que os líderes identifiquem qual, exatamente, é o perfil de seu público mais atuante.
6. Não seja um fantasma – Algumas pessoas reagirão negativamente à iniciativa do blog, bem como a alguns textos postados. No momento em que expressarem descontentamento, é importante que os executivos mantenham o diálogo com essas pessoas. Isso porque, dessa forma, mostrarão que podem argumentar e que ouvem as opiniões contrárias às suas.
7. Demonstre – Nada é mais marcante do que uma imagem. Por isso, é interessante que os “blogueiros executivos” postem vídeos em suas páginas. Uma boa sugestão é a de que entrevistem outros gestores da mesma companhia sobre determinados temas de interesse do público e divulguem no blog.
8. Peça ajuda – É normal que os gestores não estejam familiarizados com as tecnologias colaborativas. Assim, é válido que peçam o auxílio de funcionários mais jovens, demonstrando humildade e reconhecimento dos talentos alheios.
9. Reconheça publicamente – Depois de auxiliados, os líderes devem postar algum comentário reconhecendo em público quão importante foi o apoio daqueles que o ajudaram. Nada é mais gratificante do que o reconhecimento.
10. Vá em frente – As iniciativas às vezes demoram um pouco para cair nas graças do público, por isso é importante que os executivos não desistam do blog e utilizem-no como ferramenta para liderar as mudanças que serão necessárias em 2010.
Por CIO/EUA
29 de janeiro de 2010 - 12h26
O ano de 2010 promete grandes rupturas. Depois de um momento de crise internacional, há uma expectativa de que as empresas apostem em novos modelos de negócio e, ao mesmo tempo, valorizem mais os profissionais que estejam preparados para mudanças.
Dentro desse contexto, os gestores de TI, bem como de outras áreas, terão de aprender a utilizar as redes sociais para gerenciar suas equipes, defende a fundadora da consultoria de negócios RiverFork Consulting, Melissa Dutmers. Para ela, a Web 2.0 oferece uma série de ferramentais para reter talentos ou aumentar a produtividade e que, necessariamente, precisam estar no radar dos executivos.
A seguir, Melissa faz uma lista de qual o caminho para que o gestor transforme as redes sociais em aliadas e, por consequência, consiga ser encarado como um agente de mudança pelas organizações:
1. Tenha um blog – Quando se trata de uma grande empresa ou de departamentos com muitos colaboradores, um blog pode ser a alternativa ideal para entrar em contato com as pessoas. É claro que se comunicar pessoalmente é muito mais eficaz para formar um vínculo com os colaboradores, mas é preciso perceber que não existe tempo hábil para isso, principalmente se levarmos em conta que – embora muitas organizações não saibam – os gestores também têm vida pessoal. A ideia do blog é estender a influência além das fronteiras geográficas representadas por salas, andares, unidades de negócios, cidades e países.
2. Seja transparente – Todos sabem que um alto executivo não pode dizer publicamente o que sabe, mas eles têm a missão de se apresentarem como pessoas reais e comuns. Para isso, a dica é: deixe deu posto de lado por um instante e expresse no blog quem você realmente é por trás do título de liderança na corporação.
3. Conte histórias nos blogs – Não há nada que prenda mais a atenção de um leitor do que uma boa história.
4. Incentive o diálogo – É importante que os gestores façam perguntas nos blogs, respondam a questionamentos e mostrem que realmente são eles mesmos quem gerenciam o site e, além disso, que estão preocupados com as impressões e dúvidas de suas equipes.
5. Realize enquetes – Mesmo que não sejam uma grande ferramenta de comunicação, as enquetes são ótimos parâmetros para que os líderes identifiquem qual, exatamente, é o perfil de seu público mais atuante.
6. Não seja um fantasma – Algumas pessoas reagirão negativamente à iniciativa do blog, bem como a alguns textos postados. No momento em que expressarem descontentamento, é importante que os executivos mantenham o diálogo com essas pessoas. Isso porque, dessa forma, mostrarão que podem argumentar e que ouvem as opiniões contrárias às suas.
7. Demonstre – Nada é mais marcante do que uma imagem. Por isso, é interessante que os “blogueiros executivos” postem vídeos em suas páginas. Uma boa sugestão é a de que entrevistem outros gestores da mesma companhia sobre determinados temas de interesse do público e divulguem no blog.
8. Peça ajuda – É normal que os gestores não estejam familiarizados com as tecnologias colaborativas. Assim, é válido que peçam o auxílio de funcionários mais jovens, demonstrando humildade e reconhecimento dos talentos alheios.
9. Reconheça publicamente – Depois de auxiliados, os líderes devem postar algum comentário reconhecendo em público quão importante foi o apoio daqueles que o ajudaram. Nada é mais gratificante do que o reconhecimento.
10. Vá em frente – As iniciativas às vezes demoram um pouco para cair nas graças do público, por isso é importante que os executivos não desistam do blog e utilizem-no como ferramenta para liderar as mudanças que serão necessárias em 2010.
domingo, 27 de dezembro de 2009
Justiça dos EUA confirma proibição da venda do Microsoft Word
Corte recusa apelação da Microsoft e confirma tanto multa de US$ 290 milhões como proibição de venda de versões do Word a partir de 2010.
Por Redação do IDG Now!
23 de dezembro de 2009 - 11h24
A Corte de Apelações do Circuito Federal recusou uma apelação da Microsoft nesta terça-feira (22/12), mantendo veredicto que proíbe a empresa de distribuir versões do processador de textos Word nos Estados Unidos que infringem patentes.
A Microsoft foi considerada culpada em agosto em processo iniciada pela desenvolvedora canadense i4i, que a acusou de infringir patentes relativos à linguagem XML nos softwares de texto. A i4i identificou suas tecnologias no Word 2003 e 2007.
Segundo a acusação da i4i, patentes de um programa seu para editar documentos com as extensões .XML, .DOCX ou .DOCM foram violadas pela Microsoft no Word.
A apelação negada confirma o veredicto da Corte Distrital do Distrito Oriental do Texas proibindo a venda dos softwares que infringem a tecnologia da i4i a partir de 11 de janeiro de 2010 e estipulando multa de 290 milhões de dólares.
Quem já comprou e utiliza o software não sofrerá qualquer tipo de consequência em relação à determinação da Justiça dos EUA.
A Microsoft afirmou em comunicado que está se movendo rapidamente para cumprir a determinação e para retirar de seus produtos "esta função pouco usada".
"Por isto mesmo, esperamos ter cópias do Microsoft Word 2007 e Office 2007, com a ferramenta removida, disponíveis para venda e distribuição nos Estados Unidos antes do prazo da decisão", afirma o comunicado.
A gigante de software, porém, afirma que vem analisando outras possibilidades jurídicas, sem descartar até mesmo uma apelação à Suprema Corte dos Estados Unidos.
Por Redação do IDG Now!
23 de dezembro de 2009 - 11h24
A Corte de Apelações do Circuito Federal recusou uma apelação da Microsoft nesta terça-feira (22/12), mantendo veredicto que proíbe a empresa de distribuir versões do processador de textos Word nos Estados Unidos que infringem patentes.
A Microsoft foi considerada culpada em agosto em processo iniciada pela desenvolvedora canadense i4i, que a acusou de infringir patentes relativos à linguagem XML nos softwares de texto. A i4i identificou suas tecnologias no Word 2003 e 2007.
Segundo a acusação da i4i, patentes de um programa seu para editar documentos com as extensões .XML, .DOCX ou .DOCM foram violadas pela Microsoft no Word.
A apelação negada confirma o veredicto da Corte Distrital do Distrito Oriental do Texas proibindo a venda dos softwares que infringem a tecnologia da i4i a partir de 11 de janeiro de 2010 e estipulando multa de 290 milhões de dólares.
Quem já comprou e utiliza o software não sofrerá qualquer tipo de consequência em relação à determinação da Justiça dos EUA.
A Microsoft afirmou em comunicado que está se movendo rapidamente para cumprir a determinação e para retirar de seus produtos "esta função pouco usada".
"Por isto mesmo, esperamos ter cópias do Microsoft Word 2007 e Office 2007, com a ferramenta removida, disponíveis para venda e distribuição nos Estados Unidos antes do prazo da decisão", afirma o comunicado.
A gigante de software, porém, afirma que vem analisando outras possibilidades jurídicas, sem descartar até mesmo uma apelação à Suprema Corte dos Estados Unidos.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Empresas ainda relutam em aderir a trabalho remoto
Limitações da CLT estão entre os principais fatores para a baixa adesão; enquanto especialistas e profissionais vêm ganhos de tempo e produtividade.
Por Andrea Giardino, da Computerworld
08 de dezembro de 2009 - 19h34
O caos que atingiu a cidade de São Paulo nesta terça-feira (08/12), por conta das fortes chuvas, reaqueceu um assunto que há muito se discute, o home office, ou trabalho remoto. Embora se reconheça as vantagens, como ganho de tempo frente às horas perdidas no trânsito ou redução custos com profissionais alocados na empresa, ainda há uma grande resistência das companhias em relação a este modelo.
Uma pesquisa realizada pela fabricante de equipamentos de rede Cisco revela que 53% dos empregadores possuem menos da metade dos funcionários prontos para trabalhar remotamente em caso de pandemia ou desastre natural. Das 500 companhias ouvidas no exterior, representando diversos setores, apenas 13% das empresas disseram ter 76% dos trabalhadores prontos para trabalhar em casa.
As principais justificativas são limitações orçamentárias e baixa necessidade de atividades desenvolvidas remotamente. Ainda assim, 40% dos entrevistados afirmaram que o home office entrou nas prioridades das empresas nos últimos 12 meses. Um contrasenso, já que apenas 36% possui redes privadas - SSL ou IPsec VPN - para funcionários.
Entre as organizações que suportam trabalho remoto, 63% dão laptops para os empregados e 46% oferecem smartphones. Para a gerente geral da consultoria de recolocação e transição de carreira, Elaine Saad, um dos maiores entraves é a questão trabalhista.
“A CLT no Brasil não foi desenhada para esse modelo e nem acompanha a evolução do mercado”, diz. Ou seja, a empresa pode ter problemas com o horário de entrada e saída do funcionário. “É difícil fazer esse controle a distância e se o empregado entra na Justiça pedindo hora extra a companhia terá problemas”, observa Elaine.
Outro ponto para o qual a especialista chama a atenção é saber dividir as atividades da casa com as do trabalho. Na opinião de Elaine, muita gente acaba preferindo sair de casa para trabalhar porque não consegue ter foco e perde o foco de atenção na rotina do lar. Por outro lado, acredita que se houver uma imposição de limites, o home office acaba sendo uma alternativa viável tanto para empregadores quanto para empregados.
A experiência de quem aderiu ao home office
Que o diga a diretora de marketing corporativo da HP Brasil, Regina Macedo. Acostumada a estar remota sempre que precisa, optou por ficar em casa esta manhã. Como era o rodízio de seu carro e tinha alguns compromissos de negócios fora do escritório, contabiliza os ganhos de não ter se deslocado para o escritório.
“Gastaria, no mínimo, umas três horas”, diz. Além do desgaste natural com as horas perdidas dentro do carro no trânsito, Regina explica que acabou resolvendo problemas que certamente teriam sido adiados.
Assim como ela, outros profissionais da HP de áreas globais sempre recorrem ao home office. Como precisam estar plugados fora do horário de trabalho convencional, participando de reuniões virtuais ou conference calls, já o fazem de casa. “Essa flexibilidade nos torna mais produtivos e felizes”, afirma Regina. Quando precisam, encontram estações móveis no local de trabalho e podem usar salas de reunião sempre que necessário.
A Cisco é outra empresa que adotou o trabalho remoto, como parte de uma política mundial da empresa. Todos os funcionários têm liberdade para trabalhar remoto ou em clientes. No escritório, inclusive, não há mesas definidas para um ou outro funcionário. Quem chega se instala em qualquer terminal, conecta seu notebook e acessa as informações que precisa. Da mesma forma acontece com os telefones. Basta configurar o aparelho com seu ramal e pronto.
Por Andrea Giardino, da Computerworld
08 de dezembro de 2009 - 19h34
O caos que atingiu a cidade de São Paulo nesta terça-feira (08/12), por conta das fortes chuvas, reaqueceu um assunto que há muito se discute, o home office, ou trabalho remoto. Embora se reconheça as vantagens, como ganho de tempo frente às horas perdidas no trânsito ou redução custos com profissionais alocados na empresa, ainda há uma grande resistência das companhias em relação a este modelo.
Uma pesquisa realizada pela fabricante de equipamentos de rede Cisco revela que 53% dos empregadores possuem menos da metade dos funcionários prontos para trabalhar remotamente em caso de pandemia ou desastre natural. Das 500 companhias ouvidas no exterior, representando diversos setores, apenas 13% das empresas disseram ter 76% dos trabalhadores prontos para trabalhar em casa.
As principais justificativas são limitações orçamentárias e baixa necessidade de atividades desenvolvidas remotamente. Ainda assim, 40% dos entrevistados afirmaram que o home office entrou nas prioridades das empresas nos últimos 12 meses. Um contrasenso, já que apenas 36% possui redes privadas - SSL ou IPsec VPN - para funcionários.
Entre as organizações que suportam trabalho remoto, 63% dão laptops para os empregados e 46% oferecem smartphones. Para a gerente geral da consultoria de recolocação e transição de carreira, Elaine Saad, um dos maiores entraves é a questão trabalhista.
“A CLT no Brasil não foi desenhada para esse modelo e nem acompanha a evolução do mercado”, diz. Ou seja, a empresa pode ter problemas com o horário de entrada e saída do funcionário. “É difícil fazer esse controle a distância e se o empregado entra na Justiça pedindo hora extra a companhia terá problemas”, observa Elaine.
Outro ponto para o qual a especialista chama a atenção é saber dividir as atividades da casa com as do trabalho. Na opinião de Elaine, muita gente acaba preferindo sair de casa para trabalhar porque não consegue ter foco e perde o foco de atenção na rotina do lar. Por outro lado, acredita que se houver uma imposição de limites, o home office acaba sendo uma alternativa viável tanto para empregadores quanto para empregados.
A experiência de quem aderiu ao home office
Que o diga a diretora de marketing corporativo da HP Brasil, Regina Macedo. Acostumada a estar remota sempre que precisa, optou por ficar em casa esta manhã. Como era o rodízio de seu carro e tinha alguns compromissos de negócios fora do escritório, contabiliza os ganhos de não ter se deslocado para o escritório.
“Gastaria, no mínimo, umas três horas”, diz. Além do desgaste natural com as horas perdidas dentro do carro no trânsito, Regina explica que acabou resolvendo problemas que certamente teriam sido adiados.
Assim como ela, outros profissionais da HP de áreas globais sempre recorrem ao home office. Como precisam estar plugados fora do horário de trabalho convencional, participando de reuniões virtuais ou conference calls, já o fazem de casa. “Essa flexibilidade nos torna mais produtivos e felizes”, afirma Regina. Quando precisam, encontram estações móveis no local de trabalho e podem usar salas de reunião sempre que necessário.
A Cisco é outra empresa que adotou o trabalho remoto, como parte de uma política mundial da empresa. Todos os funcionários têm liberdade para trabalhar remoto ou em clientes. No escritório, inclusive, não há mesas definidas para um ou outro funcionário. Quem chega se instala em qualquer terminal, conecta seu notebook e acessa as informações que precisa. Da mesma forma acontece com os telefones. Basta configurar o aparelho com seu ramal e pronto.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Sped: após correria na implantação, empresas fazem balanço
Companhias e órgãos públicos revêm os projetos de Sped e avaliam possíveis melhorias e benefícios do sistema que entrou em vigor em 2009.
Por Rodrigo Caetano, da COMPUTERWORLD
02 de dezembro de 2009 - 07h00
Passadas as principais fases do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), as empresas e os órgãos públicos envolvidos iniciam um período de análises do processo. Conturbado, o projeto sofreu diversos adiamentos, por problemas de ambos os lados, e até de terceiros, mas já é uma realidade no País.
Em setembro deste ano entrou em operação o Sped Fiscal. As empresas selecionadas tinham de entregar os arquivos, que trazem um conjunto de informações ficais e registros de apuração de impostos, até o último dia do mês. O Sped Contábil, que substitui os livros contábeis das companhias por arquivos digitais, teve seu prazo encerrado para a entrega dos documentos digitais em junho. Juntamente com a Nota Fiscal Eletrônica, estes são os principais pilares do Sistema Público de Escrituração Digital.
Até o momento, as empresas não enxergaram muitos benefícios diretos do projeto para o negócio. “Temos que fazer e pronto. Isso não alavanca vendas, margens ou melhora processos. Nossa expectativa, no longo prazo, é que, com mais empresas pagando corretamente os impostos, eles parem de subir”, afirma o diretor de tecnologia do Grupo Martins, Flavio Lúcio Borges Martins.
À frente da área de tecnologia da informação de uma das maiores distribuidoras do País, o executivo acredita, no entanto, em efeitos positivos no longo prazo. “A informalidade tende a acabar. Talvez este seja o benefício”, diz o executivo.
Na General Electric, uma das maiores companhias do mundo com atuação em diversos segmentos, o projeto é encarado da mesma maneira. “São questões de regulamentação no Brasil”, afirma o Chief Information Officer (CIO) da empresa para a América Latina, João Lencioni.
As duas corporações não tiveram problemas para entregar os arquivos. Mas houve quem não fosse capaz de cumprir o prazo. Segundo pesquisa realizada pela consultoria IOB, no caso do Sped Contábil a porcentagem de companhias que cumpriram o prazo chegou a 90%. No fiscal, a taxa foi um pouco menor: 87%.
Para a consultoria Aliz Inteligência Sustentável, o volume de entrega dos arquivos fiscais superou as expectativas. A Receita esperava cerca de 130 mil documentos, mas recebeu mais de 140 mil. Ao todo, deveriam ter sido enviados 180 mil documentos, de acordo com a consultoria.
Correção
O problema é que, segundo a IOB, 15% das empresas pretendem retificar suas declarações contábeis e 30% têm intenção de mudar os arquivos do Sped Fiscal. O cenário pode gerar um problema sério para as corporações. O diretor de soluções da IOB, José Adriano, explica: não está claro como fazer a retificação.
Em se tratando dos arquivos fiscais, cada Estado tem sua própria norma. “Alguns fixaram um prazo de 30 dias, outros nem definiram data”, afirma. A empresa precisa ficar atenta para não perder o prazo de entrega. Vale ressaltar que os arquivos do Sped atendem tanto à Receita Federal, quanto às Secretarias da Fazenda dos Estados.
Além disso, retificar gera riscos. Para os órgãos fiscais, o próximo passo é cruzar informações e analisar os arquivos. Adriano diz que é natural que essa checagem comece por quem mudou a declaração na última hora. É importante lembrar que a Receita só vai analisar as informações a partir de 2010. Portanto, mesmo quem não entregou os arquivos, não deve ficar esperando uma resposta do órgão antes de se preparar para o próximo exercício.
No caso do Sped Contábil, nem existe a possibilidade de retificar. Porém, por conta do atraso no processamento realizado nas Juntas Comerciais dos Estados, as empresas estão conseguindo trocar os arquivos antes que eles sejam analisados. O processo para a entrega dos livros digitais é diferente neste caso, pois envolve outra entidade, além da Receita, que analisa os documentos previamente.
As empresas que não entregaram os documentos têm um problema ainda maior. Neste grupo, existem dois casos. Há quem perdeu o prazo por falta de condições técnicas. Para essas companhias, é sentar e esperar as sanções. Outras empresas conseguirem negociar com as Secretarias de Fazenda dos Estados um adiamento no envio dos dados. Mesmo assim, o risco de receber uma punição existe e é grande.
Como o sistema envolve os órgãos fiscais estadual e federal, não adianta fazer acordo com apenas um deles. “A Receita Federal não adiou prazo para ninguém”, afirma Adriano. Mesmo tendo negociado com a Secretaria, a empresa atrasada pode não escapar das sanções federais.
Gargalos
Foram dois os principais gargalos para a implementação do sistema e a entrega dos arquivos. O primeiro se deu na área de tecnologia da informação. “Não havia mão-de-obra qualificada suficiente para atender a demanda”, afirma Adriano. Consultorias e fornecedores de software ficaram sem condições de atender a todas as empresas no prazo, o que gerou, inclusive, um dos adiamentos da entrega (foram dois ao todo).
Mesmo grandes empresas, como a Deloitte, estavam demorando meses para atender a um novo cliente.
A situação foi gerada, também, pela demora das companhias em procurar os fornecedores. “O mercado estava esperando novos adiamentos”, destaca Adriano. Para se ter uma ideia, em junho, segundo pesquisa feita pela Deloitte, quase 30% das empresas não estavam preparadas para a entrega dos documentos fiscais ou não tinham dado início à implementação do sistema.
“Não tivemos grandes gargalos, exceto a concorrência interna por recursos que estavam alocados em fazer coisas para gerar diferencial para nosso negócio”, afirma Martins. As empresas tiveram de lidar com um grande volume de informações para entregar os arquivos. Para companhias com diversas filiais, a situação era mais complicada, já que cada unidade deve ser tratada como uma empresa e enviar seus próprios arquivos.
Outro gargalo aconteceu nos órgãos responsáveis, principalmente nas juntas comerciais, explica Adriano. Também houve demora na definição de alguns padrões dos documentos, prejudicando a implementação dos sistemas.
Por Rodrigo Caetano, da COMPUTERWORLD
02 de dezembro de 2009 - 07h00
Passadas as principais fases do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), as empresas e os órgãos públicos envolvidos iniciam um período de análises do processo. Conturbado, o projeto sofreu diversos adiamentos, por problemas de ambos os lados, e até de terceiros, mas já é uma realidade no País.
Em setembro deste ano entrou em operação o Sped Fiscal. As empresas selecionadas tinham de entregar os arquivos, que trazem um conjunto de informações ficais e registros de apuração de impostos, até o último dia do mês. O Sped Contábil, que substitui os livros contábeis das companhias por arquivos digitais, teve seu prazo encerrado para a entrega dos documentos digitais em junho. Juntamente com a Nota Fiscal Eletrônica, estes são os principais pilares do Sistema Público de Escrituração Digital.
Até o momento, as empresas não enxergaram muitos benefícios diretos do projeto para o negócio. “Temos que fazer e pronto. Isso não alavanca vendas, margens ou melhora processos. Nossa expectativa, no longo prazo, é que, com mais empresas pagando corretamente os impostos, eles parem de subir”, afirma o diretor de tecnologia do Grupo Martins, Flavio Lúcio Borges Martins.
À frente da área de tecnologia da informação de uma das maiores distribuidoras do País, o executivo acredita, no entanto, em efeitos positivos no longo prazo. “A informalidade tende a acabar. Talvez este seja o benefício”, diz o executivo.
Na General Electric, uma das maiores companhias do mundo com atuação em diversos segmentos, o projeto é encarado da mesma maneira. “São questões de regulamentação no Brasil”, afirma o Chief Information Officer (CIO) da empresa para a América Latina, João Lencioni.
As duas corporações não tiveram problemas para entregar os arquivos. Mas houve quem não fosse capaz de cumprir o prazo. Segundo pesquisa realizada pela consultoria IOB, no caso do Sped Contábil a porcentagem de companhias que cumpriram o prazo chegou a 90%. No fiscal, a taxa foi um pouco menor: 87%.
Para a consultoria Aliz Inteligência Sustentável, o volume de entrega dos arquivos fiscais superou as expectativas. A Receita esperava cerca de 130 mil documentos, mas recebeu mais de 140 mil. Ao todo, deveriam ter sido enviados 180 mil documentos, de acordo com a consultoria.
Correção
O problema é que, segundo a IOB, 15% das empresas pretendem retificar suas declarações contábeis e 30% têm intenção de mudar os arquivos do Sped Fiscal. O cenário pode gerar um problema sério para as corporações. O diretor de soluções da IOB, José Adriano, explica: não está claro como fazer a retificação.
Em se tratando dos arquivos fiscais, cada Estado tem sua própria norma. “Alguns fixaram um prazo de 30 dias, outros nem definiram data”, afirma. A empresa precisa ficar atenta para não perder o prazo de entrega. Vale ressaltar que os arquivos do Sped atendem tanto à Receita Federal, quanto às Secretarias da Fazenda dos Estados.
Além disso, retificar gera riscos. Para os órgãos fiscais, o próximo passo é cruzar informações e analisar os arquivos. Adriano diz que é natural que essa checagem comece por quem mudou a declaração na última hora. É importante lembrar que a Receita só vai analisar as informações a partir de 2010. Portanto, mesmo quem não entregou os arquivos, não deve ficar esperando uma resposta do órgão antes de se preparar para o próximo exercício.
No caso do Sped Contábil, nem existe a possibilidade de retificar. Porém, por conta do atraso no processamento realizado nas Juntas Comerciais dos Estados, as empresas estão conseguindo trocar os arquivos antes que eles sejam analisados. O processo para a entrega dos livros digitais é diferente neste caso, pois envolve outra entidade, além da Receita, que analisa os documentos previamente.
As empresas que não entregaram os documentos têm um problema ainda maior. Neste grupo, existem dois casos. Há quem perdeu o prazo por falta de condições técnicas. Para essas companhias, é sentar e esperar as sanções. Outras empresas conseguirem negociar com as Secretarias de Fazenda dos Estados um adiamento no envio dos dados. Mesmo assim, o risco de receber uma punição existe e é grande.
Como o sistema envolve os órgãos fiscais estadual e federal, não adianta fazer acordo com apenas um deles. “A Receita Federal não adiou prazo para ninguém”, afirma Adriano. Mesmo tendo negociado com a Secretaria, a empresa atrasada pode não escapar das sanções federais.
Gargalos
Foram dois os principais gargalos para a implementação do sistema e a entrega dos arquivos. O primeiro se deu na área de tecnologia da informação. “Não havia mão-de-obra qualificada suficiente para atender a demanda”, afirma Adriano. Consultorias e fornecedores de software ficaram sem condições de atender a todas as empresas no prazo, o que gerou, inclusive, um dos adiamentos da entrega (foram dois ao todo).
Mesmo grandes empresas, como a Deloitte, estavam demorando meses para atender a um novo cliente.
A situação foi gerada, também, pela demora das companhias em procurar os fornecedores. “O mercado estava esperando novos adiamentos”, destaca Adriano. Para se ter uma ideia, em junho, segundo pesquisa feita pela Deloitte, quase 30% das empresas não estavam preparadas para a entrega dos documentos fiscais ou não tinham dado início à implementação do sistema.
“Não tivemos grandes gargalos, exceto a concorrência interna por recursos que estavam alocados em fazer coisas para gerar diferencial para nosso negócio”, afirma Martins. As empresas tiveram de lidar com um grande volume de informações para entregar os arquivos. Para companhias com diversas filiais, a situação era mais complicada, já que cada unidade deve ser tratada como uma empresa e enviar seus próprios arquivos.
Outro gargalo aconteceu nos órgãos responsáveis, principalmente nas juntas comerciais, explica Adriano. Também houve demora na definição de alguns padrões dos documentos, prejudicando a implementação dos sistemas.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
EU TENHO UM SONHO - Discurso de Martin Luther King (28/08/1963)
"Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação.
Cem anos atrás, um grande americano, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros.
Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre.
Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação.
Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição.
De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes".
Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça.
Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo.
Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia.
Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial.
Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.
Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo. Esses que esperam que o Negro agora estará contente, terão um violento despertar se a nação votar aos negócios de sempre.
Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só.
E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, "Quando vocês estarão satisfeitos?"
Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza.
Eu não esqueci que alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de você vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são o veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero.
Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.
Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.
Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!
Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!
Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta.
Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado.
"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.
Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,
De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"
E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.
E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.
Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.
Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.
Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.
Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.
Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.
Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.
Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.
Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.
E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:
"Livre afinal, livre afinal.
Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."
Cem anos atrás, um grande americano, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros.
Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre.
Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação.
Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição.
De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes".
Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça.
Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo.
Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia.
Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial.
Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.
Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo. Esses que esperam que o Negro agora estará contente, terão um violento despertar se a nação votar aos negócios de sempre.
Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só.
E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, "Quando vocês estarão satisfeitos?"
Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza.
Eu não esqueci que alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de você vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são o veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero.
Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.
Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.
Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!
Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!
Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta.
Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado.
"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.
Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,
De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"
E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.
E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.
Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.
Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.
Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.
Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.
Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.
Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.
Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.
Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.
E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:
"Livre afinal, livre afinal.
Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Livro: Decisão! - Capítulo 12
Livro: Decisão! Como Líderes Vencedores Fazem Escolhas Certeiras
Editora Bookman
Autores: Noel M. Tichy e Warren G. Bennis
Edição: 2007
Leitor: Mauro Cesar
Data de Início de Leitura: 21/11/09
Data de Término de Leitura: ?
Capítulo 12: Discernimento Para Futuras Gerações: A Academia de Liderança da Cidade de Nova York
Visão Resumida:
01) A decisão do prefeito Bloomberg de transformar as escolas de Nova York
=> Decisão de nomear Joel Klein para Secretário de Educação.
=> Decisão de fazer parceria com Jack Welch, Dick Parsons e a comunidade empresarial.
02) Decisão de Joel Klein e do prefeito Bloomberg, em centralizar o sistema escolar
=> Foco nos 1.200 diretores de escolas como agente-chave de mudanças.
=> Criação de uma Academia de Liderança para os Diretores de Escolas.
03) Decisão de ter, Bob Knowling como diretor da Academia para os Diretores de Escolas
=> Bob Knowling e Sandra Stein dirigem a Academia.
Editora Bookman
Autores: Noel M. Tichy e Warren G. Bennis
Edição: 2007
Leitor: Mauro Cesar
Data de Início de Leitura: 21/11/09
Data de Término de Leitura: ?
Capítulo 12: Discernimento Para Futuras Gerações: A Academia de Liderança da Cidade de Nova York
Visão Resumida:
01) A decisão do prefeito Bloomberg de transformar as escolas de Nova York
=> Decisão de nomear Joel Klein para Secretário de Educação.
=> Decisão de fazer parceria com Jack Welch, Dick Parsons e a comunidade empresarial.
02) Decisão de Joel Klein e do prefeito Bloomberg, em centralizar o sistema escolar
=> Foco nos 1.200 diretores de escolas como agente-chave de mudanças.
=> Criação de uma Academia de Liderança para os Diretores de Escolas.
03) Decisão de ter, Bob Knowling como diretor da Academia para os Diretores de Escolas
=> Bob Knowling e Sandra Stein dirigem a Academia.
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