terça-feira, 30 de junho de 2009
A Grande Mudança: QUANDO TUDO É DE GRAÇA
“Washington, D.C., abril, 2010 – A competição de preços cada vez mais intensa entre China, Índia, Wal-Mart e programadores da internet está derrubando os preços aos níveis mais baixos dos últimos cem anos, declarou ontem o Departamento de Comércio dos Estados Unidos.
Com base em dados coletados, o Departamento de Comércio publicou um alerta extraordinário: as empresas norte-americanas deveriam considerar mudar seus modelos comerciais para um sistema baseado em doações ou enfrentar prospectos totalmente incertos, incluindo falência ou concordata. Da mesma forma, os pedidos de falência atingiram um recorde na semana passada (...)”
Neste momento, o artigo acima é apenas uma história de ficção. Talvez uma história mal-escrita. Mas imagine se a competição de preços atingisse seu limite: Tudo de graça. Ou virtualmente de graça.
E se o modelo comercial de sua empresa fosse o de uma rádio do governo?
Ou seja, todos os seus produtos são gratuítos. A sua receita provém apenas de clientes que você tem de convencer a doar dinheiro que represente o seu valor em relação ao seu produto.
Mais de mil estações públicas de rádio e televisão nos Estados Unidos operam desse modo todo ano. Muitas rádiospúblicas sobrevivem também. A medida de receita de uma estação pública de rádio atingiu os níveis mais altos nos últimos anos. A National Public Radio (NPR) é a empresa radiofônica que apresenta a maior taxa de crescimento. Em seu testamento, Joan Kroc, um ouvinte fiel da NPR, deixou para a estação US$20 milhões quando morreu, em 2003. No entanto, não são apenas os patronos ricos que se importam. Mais de 25 mil pessoas ficaram tão aborrecidas com a mudança de uma personalidade da NPR que fizeram um abaixo-assinado on-line em poucos dias. Fazer 25 mil pessoas assinar qualquer coisa é um feito por si só. A paixão cega pela transmissão radiofônica pública é sempre alta, complementada por doações em dinheiro e o voluntariado de clientes que mantêm as rádios públicas no ar.
O modelo comercial de uma rádio pública pode estar tomando conta de sua empresa mais rápido do que você estaria pronto a imaginar ou admitir.
A forte queda de preços é uma realidade crescente para fabricantes de móveis, softwares e eletrônicos, bem como para os provedores de centros de comunicação, de contabilidade, e outros empregos de colarinho-branco que podem ser conquistados por qualquer um que tenha treinamento adequado. Talvez o modelo comercial de uma rádio pública não seja um cenário tão atraente no final das contas. Um modelo que depende de doações, baseado em gratuidade, parece estranho, mas talvez seja o melhor caminho para o futuro da sua empresa.
Por um momento, imagine que dentro de um ano a competição global faça a sua empresa depender de doações para sobreviver. Como você vai se preparar? Como você vai mudar seu relacionamento com os seus clientes? Você vai fazer qualquer mudança?
Você vai começar a tratar os clientes como se eles fizessem parte da família? Você vai envolvê-los nos negócios como a maioria das empresas familiares faz?
Como você vai conseguir atrair e manter os clientes que contribuirão com um dinheiro extra, caso você não consiga atingir sua meta de receita anual?
Como você mudará o seu produto para que ele se torne tão valorizado que os clientes paguem um preço justo depois de utilizá-lo de graça por um ano?
O que você vai fazer de diferente para sobreviver?
segunda-feira, 29 de junho de 2009
A Grande Mudança: FAÇA COMO REGGIE
FAÇA COMO REGGIE
Reggie conserta bicicletas
Durante a primeira hora, Reggie é um mecânico de bicicleta perfeito. Ele atenta para cada detalhe e segue os procedimentos de praxe. Ele é cuidadoso, concentrado e diligente. Como mil outros excelentes mecânicos de bicicletas, ele executa seu serviço e faz por merecer o seu pagamento.
Nos últimoscinco minutos, no entanto, Reggie se transforma de operário
Às vezes, tudo que ele faz é limpar completamente a corrente. Outra vez, ele leva a bicicleta até um estacionamento e se assegura de que as marchas estejam devidamente ajustadas. E, outra vez, especialmente se a bicicleta pertence a uma criança, ele coloca uma buzina ou algum enfeite – qualquer coisa que chame a atenção.
O surpreendente não é a genialidade de Reggie. O surpreendente é como é fácil fazer o que Reggie faz, e como a maioria das pessoas não faz a mesma coisa. Não importa se você está cuidando da contabilidade ou fazendo o design de um produto. Esses últimos cinco minutos fazem com que seus clientes percebam a diferença entre você e qualquer outro profissional.
Custa 99% do tempo que você gasta apenas para ser comum. O que o destingue dos demais acontece num segundo.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Telefonia: cobrança de assinatura básica é ilegal
Por Redação do IDG Now!
O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a ilegalidade da cobrança da assinatura básica da telefonia fixa e determinou que os Juizados Especiais estaduais são competentes para julgar o tema.
A decisão tomada nesta quarta-feira (17/06), por sete votos a dois, considera que o tema "não é de caráter constitucional, pois envolve direito do consumidor e regras do setor de telecomunicação, também regido por normas infraconstitucionais", afirma uma nota publicada no site do STF.
O caso foi julgado por meio de um Recurso Extraordinário (RE 567454) de autoria da Oi (Telemar Norte Leste S/A) contra uma decisão dos Juizados Especiais Cíveis da Bahia que reconheceram a ilegalidade da cobrança.
De acordo com a nota do STF, o advogado da empresa, Leonardo Greco, estima que existam cerca de 130 mil processos sobre assinatura básica nos Juizados Especiais contra apenas a Telemar, a Oi e a Brasil Telecom. No total, a empresa calcula que há quase 300 mil causas sobre a matéria nos Juizados Especiais.
O STF entendeu que a questão deve ser analisada a partir do Código de Defesa do Consumidor, uma lei ordinária (Lei 8.078/1990), não envolvendo questão constitucional.
A associação de defesa do consumidor Pro Teste ressaltou a importância da decisão do Supremo. "O resultado servirá como jurisprudência para outras ações do mesmo teor, que tramitam em diversos tribunais do País", afirma a associação em um comunicado.
A Pro Teste ressaltou que mantém sua campanha pela redução do preço da assinatura básica, iniciada em junho do ano passado, dos atuais 40 reais para 14 reais (impostos incluídos) no caso da linha residencial.
"A expansão de redes de telefonia era o principal argumento utilizado para justificar uma assinatura tão cara. Como, desde 2006, as operadoras não estão investindo na construção da infraestrutura, a Pro Teste não vê razão para os elevados valores existirem" argumenta a associação.
Segundo a Pro Teste, as concessionárias de telefonia fixa possuem 43,45 milhões de telefones instalados e apenas 34,47 milhões em serviço.
Para a entidade, "o telefone fixo mais barato acabaria com as 12 milhões de linhas que hoje não estão em uso e garantiria a inclusão social de milhões de famílias que hoje não podem pagar 40 reais mensais para ter um telefone fixo em casa."
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Wal-Mart se livra do excesso de papelada com BPO
A rede Wal-Mart transferiu a responsabilidade do gerenciamento da papelada gerada por documentos fiscais, trabalhistas, dentre outros, para a Keepers Brasil - empresa especializada em BPO. Hoje, a rede de supermercados ocupa cerca de 80 mil caixas para guardar sete milhões de bobinas.
Se tivesse que armazenar em arquivo próprio, precisaria investir R$ 1,5 milhão em infraestrutura, contratar ao menos 40 profissionais, manter uma área de cinco mil metros quadrados e gastar continuamente em tecnologia e logística. Por baixo, o gerenciamento apenas desta montanha de papéis custaria cerca de R$ 300 mil por mês.
Com a ação adotada – também utilizada nos Estados Unidos e demais países onde atua – a rede conseguiu reduzir em 60% seu custo mensal na área. Quando recebe visita de fiscais, os documentos exigidos chegam ao local indicado no mesmo dia do pedido.
Segundo Rodrigo Coppola Gutierrez, diretor da Keepers, são utilizados cerca de três caminhões para transportar as caixas. “Além de economia e rapidez, a empresa ganha em segurança, pois sabe que os documentos serão conservados por até 20 anos, caso existam processos judiciais”, diz.